sexta-feira, 9 de maio de 2008

AS LEIS DA REENCARNAÇÃO


A REENCARNAÇÃO
Por LEONARDO ALBUQUERQUE



Segundo as leis de causas e efeitos, podemos entender a resultante humana correlacionada ao "ninho" de condições físico-psicoló gica e econômico-social como herança do efeito de uma causa aplicada pelo meio familiar, resultante de um englobamento de fenômenos causais gerados através de longas gerações tendo como remanescentes a genética e psíquica da futura prole, encarando a primeira escola da vida como sendo o útero, e não como resultante das remanescentes de uma vida passada do indivíduo.

Apenas com base científica nas resultantes expostas em terapias de hipnose regressiva tão cogitadas pelos meios de comunicação, podemos aceitar o conceito de uma transferência dos arquivos psicológicos após o desenlace físico para o subconsciente em um novo nascimento, embora haja o conceito de que Forças Psíquicas no plano cósmico possam aflorar e expressar-se através da sensibilidade do indivíduo, relatando experiências não em nível de subconsciência deste, mas as experiências de uma força agregada à este por simples laços de afinidades psicológicas, o que já nos leva à conceituar de qualquer forma uma continuidade à nível de psiquismo.

O dialeto de línguas extintas na humanidade já se fez presente em determinadas regressões, trazendo-nos o conceito da existência de um estado pós-morte de duração relacionada ao nível de evolução psicológica do indivíduo.

O conceito reencarnacionistas pode vir a ser uma alavanca para a preservação do meio, impondo ao ego humano o medo de enfrentar futuros ambientes hostis.

A Reencarnação é uma dádiva Divina, no entanto aquele que tiver a infeliz idéia de deixar para corrigir as suas falhas mais tarde, sob o pretexto que não há pressa, estará sujeito a famosa e inexorável lei de causa e efeito, que tornará mais dura as suas sucessivas vindas ao planeta, como aluno repetente.

Podemos encontrar seu conceito no Budismo, Bramanismo, Cabala, Candomblé, Caodaísmo, Catolicismo Liberal, Confucionismo, Eubiose, Esoterismo, Espiritualismo independente de religiões, Espiritismo, Gnose, Hinduísmo, Islamismo Esotérico, Igreja Unida do Canadá, Igreja Messiânica, Jainismo, Judaísmo Esotérico, Kardecismo, Maçonaria, Bahaísmo, Magia, Martinismo, Ocultismo, Protestantismo liberal, Rosa-Cruz, Sikhismo, Sufismo, Seicho-no-Ie, Santo Daime, Taoísmo, Teosofia, Umbanda, Xintoísmo, Xamanismo, Zoroatrismo, Zen-Budismo, etc.

A Sabedoria Antiga Tibetana, Egípcia e de outras filosofias relata ocorrer no processo da morte, uma transcrição dos arquivos psíquicos do moribundo para alguma dimensão pessoal na qual eles sejam preservados.

Pode ser constatado através de métodos hipnóticos, que o psiquismo armazena os resíduos psicológicos de suas ações assim como sensações, formas, cheiros, e uma infinidade de recordações que lhe foram trazidas aos sentidos através de sua vida no mundo dos fenômenos existências.

Segundo a explanação de iogues experimentados o subconsciente do indivíduo, em seu estado pós morte, carregará em si a impressão real de ainda ser possuidor de um corpo físico com todo o seu séquito de sensações.

Segundo estas filosofias tal emaranhado de recordações afloram durante o sono da psique, e vem o sonho, a tempestade kármica que em um sentido metafórico traduz que as ações de sua vida, anterior ao desenlace físico, aflorarão em sonhos reais que de acordo com suas infrações ou respeito às leis naturais do karma, poderão vir em forma de tormentuosos pesadelos, ou sonhos de grande êxtase, e, de acordo também com a crença do paciente, os dogmas que sugestionaram seu subconsciente mediante sua fé no decorrer de sua existência, também irão aflorar, o que o colocará, a mercê de alucinações reais de onde pode aflorar o grande juízo, o céu, o purgatório, o inferno, o umbral, o nirvana, o sansara, etc...

Muito embora podemos encontrar em fenômenos pneumáticos situações nas quais o desencarnado é conduzido por outras entidades à esferas doutrinantes, o que não deixa de colocar um crivo no fato do corpo astral estar diretamente influenciado por correntes energéticas dispersas ao seu redor.


Uma linguagem metafórica pode ser transcrita pela filosofia egípcia, aonde Anúbis pesa o coração do desencarnado junto à pena da lei, e o conduz à sua região de destino. Podemos entender Anúbis como a própria consciência a julgar-nos em relação à sabedoria, moral e amor.

Podemos conceituar então que, ao longo das existências, cada qual construiu para si mesmo situações, necessidades e deveres particulares, traçando seu destino atual, levando-nos ao conceito dos denominados "elos kármicos".

A crença no conceito reencarnacionista certamente acalma os estados psicológicos do indivíduo de forma a colocar-lhe a esperança em uma vida futura, em um novo amanhã, muito embora o iogue tibetano tente alcançar sua libertação ainda no estado pós-morte, evitando a todo custo uma nova reentrada no ventre físico de sua futura mãe humana.

O Artista e Cientista Leonardo da Vinci, relatou: "Lê-me, leitor, se encontrar prazer em ler-me, porque muito raramente eu voltarei a este mundo".

Outra teoria reencarnacionista trata-se da mentepsicose cujo significado é "alma alterada", e, devido ao fato de correlacionar- se inúmeras vezes alma com vida, forma e corpo, a palavra é empregada em sentido do reencarne se suceder em outra espécie dos reinos da natureza, agregando o psiquismo do desencarnado à um ser vivo em base segundo o conceito de que assim como os átomos físicos de um corpo humano sem vida se separam e vão aos seu devidos lugares, gases, líquidos ou sólidos, do mesmo modo ocorre uma gradual dispersão dos átomos psíquicos ou mentais onde cada propensão ou inclinação é dirigida pelas leis de afinidades, o que conduziria os valores à uma analogia com o magnetismo terrestre, podemos, em outras correntes espirituais analogamente comparar as regiões infernais à metempsicose.

Porém se adentrarmos no conceito reencarnacionista toda a existência física humanóide, por mais brutal que seja a sua esfera psíquica, brinda o indivíduo, com algum proveito evolutivo, por menor que seja, por isso o conceito de que o espírito jamais regride, sempre progride quando não esteja em estado de estagnação.

O próprio budismo hoje, em algumas de suas correntes, atribui a metempsicose à uma metáfora comparativa ao estado psico-espiritual do ser humano.

O Hinduísmo reporta-nos 8.400.000 tipos gradativos de nascimentos que culminam no homem, tais como plantas, animais aquáticos, répteis, aves, quadrúpedes, símios e o homem, e que pela má conduta em utilizar a oportunidade da condição humana, pode ocorrer um caminho descendente para as mesmas formas inferiores de ser, das quais a humanidade, com dificuldade emergiu.

Apenas a título de curiosidade, o árabe Oman Amar al-Jahiz, falecido em 869, propôs uma hipótese, semelhante à de seu compatriota al-Masudi, segundo a qual a vida seria um processo de ascensão, "do mineral à planta, da planta ao animal e do animal ao ser humano", podemos encontrar coerência com essa idéia em sincronismo de acordo com vários filósofos, tanto hindus como budistas esotéricos, porém, apenas nos níveis de psiquismo evolucionista e não em total concordância, visto cientificamente a evolução genética não sofrer alterações de espécies:

"A forma humana (mas não a natureza divina do Homem) é uma herança direta dos reinos sub-humanos e evoluiu a partir de formas mais inferiores de vida, guiada por um fluxo constante de vida em constante crescimento e modificação.

Esse fluxo de vida é, potencialmente, a consciência, e pode, metaforicamente, ser chamado de força da vida, relacionada com ou envolvendo cada criatura sensível, sendo, em sua essência psíquica. Como tal, trata-se do princípio evolutivo, o princípio de continuidade, capaz de adquirir conhecimento e compreensão de sua própria natureza - princípio cuja meta normal é a iluminação. E, da mesma forma que a semente física de um organismo vegetal ou animal - ou mesmo a semente do homem - pode, como se vê, produzir somente um ser de sua própria espécie, assim também acontece com o que podemos chamar metaforicamente de semente psíquica do fluxo vital do homem, que os olhos não podem ver e que, se for de um ser humano, não pode se encarnar ou se envolver ou se ligar intimamente a um corpo estranho às suas características de evolução, seja neste mundo, no estado pós morte ou qualquer reino ou mundo da existência fenomenal. Esta é considerada uma lei natural que governa a manifestação da vida, tão inviolável quanto a lei do equilíbrio universal, que a coloca em ação."

Ficou comprovado recentemente, por pesquisas arqueológicas e outras, que os Mistérios consistiam em encenações dramáticas acessíveis apenas aos iniciados e neófitos dignos de iniciação, o que ilustra os ensinamentos esotéricos universalmente difundidos a respeito da morte e do renascimento, e que a doutrina da transmigração da alma humana nos corpos de animais - se representada - não era para ser entendida literalmente (como o foi para os não iniciados), mas sim simbolicamente.

Teilhard de Chardim reporta-nos o fenômeno da vida começar com a célula, mas que o psiquismo já estava na partícula, é da essência dela, esclarece também que o termo consciência é tomado na sua acepção mais geral, para designar qualquer espécie de psiquismo, desde as formas mais rudimentares de percepção interior que se possam conceber, até o fenômeno humano de conhecimento reflexivo.

A célula é, portanto, uma partícula de vida que, a seu ver, "mergulha quantitativa e qualitativamente, no mundo dos edifícios químicos." E o mesmo cita: "Da biosfera à espécie, tudo não é senão uma imensa ramificação de psiquismos que se buscam através das formas".

Na vida buscando-se através das formas, nesse processo evolucionário, podemos encontrar na matéria viva criações de encaixes específicos análogas às futuras experimentações mente-matéria inteirando-se, encontrando um determinado sincronismo com o pensamento de Oman Amar al-Jahiz no tocante à evolução do corpo psíquico acima citado.

A física quântica nos diz que a matéria que incorporamos ao nosso campo vibratório fica afixada durante nossa existência de modo que a todo momento estamos liberando partículas materiais de volta ao reservatório cósmico e recolhendo ao mesmo tempo outras das quais necessitamos como substitutas na inúmeras funções vitais, podemos assim entender o ambiente em que estamos mergulhados como uma extensão de nosso próprio corpo, o que nos conduz à conclusão de que nosso corpo é um processo e não um objeto estável denotando o vórtice inicial de consciência no qual a matéria circula, ou movimentam-se partículas intelectualizadas conforme podemos presumir no caso dos elétrons, gravitando ao redor do núcleo atômico colocando-se em um certo nível de energia ao qual nenhum outro pode instalar-se acontecendo como se os elétrons soubessem disso, pois nenhum esquema mecânico ou mecanicista o explica.

A física quântica está atualmente e em modo progressivo reformulando os antigos conceitos e propondo uma visão mais inteligente e aberta, não apenas de nós mesmos como de nossa CONEXÃO ETERNA com o universo.

*******************************************

Nenhum comentário:

OS RAH-YINNS ou BLUE AVIANS -------------------------------------------------------------------- Texto de Mahasat Prem Sanandar -------...